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MODA & DIVERSIDADE MODA & DIVERSIDADE

April Walker pioneira da StStreetwear


April Walker é afro-latina , cria do Brooklyn, um ícone da Moda, educadora e autora.Teve seu trabalho  apresentado na Forbes, In Style, Essence, The New York Times, Drink Champs, Vogue, CFDA. Na década de 70 ela se tornou uma das pioneiras no que tange a Streetwear e é Ceo da Marca Walker Wear, uma das mais importantes dentro da Cultura Hip Hop principalmente nos anos 90, a marca segue fazendo história e sendo comercializada no mundo inteiro. April iniciou na Moda Masculina e no rasgar dos anos ampliou as suas criações também para o público feminino, vestiu grandes nomes e referências da cena como: Tupac, Notorius Big, Wu Tang Clan, Run DMC.

 

É importante ressaltar a importância de April tanto dentro do universo da Moda, como empresária dentro de um movimento que ainda era perpetuado por marcas da indústria como: (Nike,Adidas e Puma) que vendo de forma antecipada o tamanho que seria a Cultura Hip hop começaram a investir pesado, criando linhas e peças exclusivas para os artista e automaticamente atingindo o grande público. As quebradas nessa época não tinham marcas ou negócios liderados por pessoas da comunidade e a April foi uma delas, e isso faz com que ela quebre vários paradigmas e faz dela, além de empresária uma criadora de Moda. Ela seguiu sua intuição criativa, sendo pioneira na Moda Urbana, preparando o terreno para uma revolução nas normas da indústria da Moda, políticas de gênero e mudança de Cultura. Walker moldou a direção que o estilo tomaria no futuro, como a primeira mulher com uma marca de Moda Urbana, a Walker Wear ajudou a criar uma indústria multibilionária conhecida como streetwear.


Walker também foi destaque em documentários premiados como "The Remix Hip Hop X Fashion" e "Fresh Dressed".

 Curadora da Exposição: "Women in Streetwear" celebra contribuições poderosas para a cultura do streetwear de mulheres como Misa Hylton, Sharifa Murdock, Shara McHayle, Kianga "Kiki Kitty" Milele, Toni Scott Grant, Sophia Chang, Elena Romero e Samantha Black. Walker também foi tema de uma exposição em 2019 intitulada "Walk this Way".

   Quando April não está sentada no comando da Walker Wear, ela é autora de livros, educadora, professora adjunta da TISCH/NYU, colaboradora do "Streetwear Essentials" de Parson, produtora, e seu trabalho foi apresentado nacional e internacionalmente pela Sotheby's, Photoville e no Kunsthal and Centraal Museum. 

 "É hora de nivelar o campo de jogo. Quando capacitamos indivíduos, capacitamos nossas comunidades, ajudando a criar um ecossistema global saudável."  – April Walker

"Temos que ser essa mudança e celebrar uns aos outros. Minha esperança é fomentar o comportamento contagiante e mostrar como a cooperação lateral cria movimento vertical. - April Walker.

 

Redes Sociais:

@walkerwear

Site Oficial:

Walker Wear

UUH50 ANOS


DE HIP HOP CINDY CAMPBELL


POR LORENA SANTOS

Você conhece a pioneira do Hip Hop?

 

Ao pesquisarmos sobre o tão importante 11 de agosto de 1973, a famosa data que marca o nascimento da cultura Hip Hop, percebemos que a mídia tradicional da ênfase a nomes como o de Kool Herc, Bambaataa e Grandmaster Flash entre outros nomes masculinos. Isso é comum pensando na estrutura patriarcal na qual estamos inseridos. A verdade é que embora a contribuição desses personagens tenha sido fundamental para a história, é necessário deixarmos evidente que houve contribuição feminina nesse processo e em especial, a da brilhante Cindy Campbell.


Cindy foi a primeira produtora de um evento de Hip Hop no mundo, além de ter sido B.girl, antes do termo existir e também grafiteira, assinando com a tag PEP-1(174). Na noite da festa, a jovem alugou a sala de recreação por US $25 e cobrou a entrada, fazendo um preço de 25 centavos para as meninas e 50 centavos para os meninos.

 

Cindy também tem uma contribuição efetiva na indústria da moda como modelo. Ela já trabalhou com muitos designers influentes, além de ser graduada pelo Fashion Institute Of Technology de Nova York e ter sido concorrente do concurso de beleza Miss Black America.

 

Na história, é recorrente que a personalidade da mulher seja baseada sempre na figura do homem, sendo elas as esposas, as irmãs, as primas dos “protagonistas” apagando totalmente as condições profissionais femininas. No caso de Cindy, sua história foi resumida como a irmã do DJ Kool Herc, mas apesar do laço familiar com o jamaicano, partiu dela a ideia de realizar a festa do dia 11 de agosto com o objetivo de relembrar os tempos de Sound System na Jamaica.

 

Não restam dúvidas de que o Dj Herc teve um grande papel na festa, pois tocou os melhores ritmos da noite, deixando a platéia completamente entusiasmada, mas Cindy Campbell foi a peça que originou o início do Hip Hop, pois foi quem organizou o evento e convenceu seu irmão a tocar no Bronx.

 

É impossível falar sobre a história do Hip Hop sem falar sobre o papel de Cindy na construção e efetivação do movimento. O apoio e a ligação da jamaicana com seu irmão abriu grandes portas para a representatividade e a consolidação da mulher na cultura, pois ela sempre estava envolvida em todas as organizações das festas que prosseguiram no Bronx.

 

Depois de Cindy, outras mulheres se movimentaram para tornar o Hip Hop mais acessível e desenvolvido. Entre elas, diversas intelectuais, grafiteiras, comunicadoras, Mc ‘s, B-girls, produtoras musicais, modelos e DJS. Além disso, a jamaicana é a fundadora do Hip-Hop Preserve Inc., uma organização sem fins lucrativos que preserva a cultura e ajuda artistas.

 

Hip Hop a Cultura do plural

Por Lorena Santos


CASTANHA

Foi em 1981 que a futura artista e uma das MCS mais importantes da cena Rap começava seus primeiros passos nas Culturas Afro e Hip Hop, ela já dançava Jazz e dança Afro na Zona Leste de Belo Horizonte e em 1985 ela inicia no Grupo de Capoeira Mandinga Mineira em 2000. Sua formação profissional foi em licenciatura em desenho e plástica pela FUMA atual UEMG trabalhou 16 anos como desenhista projetista 3D em elétrica de alta tensão. Super articulada e multi artista Castanha no mesmo ano participou do Projeto Multiculturalismo promovido pelo NUC que resultou em um Cd :Manifesto 1 passo com participações  importantes de :Meninas de Sinha ,CapoeiArte Basil e Cirandeio Cultural, e o ponto de encontro e desse trabalhos foi o Centro Cultural Alto Vera Cruz, que ainda proporcionou rodas de conversa, dinâmicas em grupo, atividades corporais,cantoria,capoeira e a Cultura Hip Hop, com oficinas de Graffiti e Rap, e foi ai que nasceu dentro dela o sonho de ser uma cantora de Rap e deixar de ser Backing Vocal, nessa época dentro do cenário da Cultura Hip Hop  o machismo infelizmente ditava as regras e a presença feminina ainda sofria muito hostilidade por parte dos homens .E por isso  que se via as mulheres  sempre ocupando o  palco como Back Vocal e não como MCS. Mas Castanha seguiu desbravando sua trajetória, caminhando lado a lado com outras mulheres como a Luana Houston que era a outra vocalista do grupo, que contribuíam na cena, e o seu sonho se tornou real em 2003, ela entra para o grupo: SOS Periferia (Santa Luzia), fez história, shows lotados, se tornou referência para muita gente, inclusive para as futuras MCS. Neste mesmo ano ela participou do FAN (Festival de Arte Negra), foi convidada para entrevistas na Rádio Favela e recebeu indicação ao Prêmio  Hutuz de Melhores na categoria Hip Hop Brasileiro 2003/2004. A cena de Belo Horizonte estava pulsante, e o ano já era 2006 o grupo SOS Periferia fazendo sua história e deixando sua marca, a valorização da cultura Hip hop e Afro estavam em ascensão, agenda cheia e muito trabalho. E foi nesse ano que a artista fez seu último show dentro do grupo, no Teatro da Biblioteca Pública através do Projeto: Stereoteca – Arautos do Gueto e SOS Periferia, ela preciso prioriza sua gravidez que exigiu cuidados. Há 7 anos Castanha a 7 anos sou empreendedora na área da Beleza cabelereira especialista em crespos e cacheados, transita.

 

Siga o trabalho dela: @mainartfashion   


Moda e o Elemento RAP: Na época era padrão vestir de calça larga e fazer “postura de homem,” esse tipo de frase era super comum, mulheres vestidas na maior parte das vezes de forma compulsória como os homens se vestiam e se portavam nos palcos. Porém Castanha foi quebrando mais uma regra ditada pelos homens, ela foi compondo seus próprios looks e figurinos, ela foi uma das primeiras mulheres a romper com esse “padrão”. No início houve estranhamento das outras mulheres, mas depois, elas se inspiraram mais uma vez nessa dama do Hip hop e começaram a mudar as suas identidades estéticas.

NEGHAUM

MC como poucos, Neghaum teve seu primeiro contato com o elemento Rap em meados de 1994, diretamente Aarão reis zona norte  de Belo Horizonte. Em 1998 ele já tinha um contato mais profundo com a Cultura e com a cena local, sempre muito articulado criou o grupo de rap KONTRAST em 1999, um dos grupos mais icônicos da cena de BH e Região Metropolitana. E quem o ajudou nessa missão foi o Dj Eazy CDA,outra figura super importante do Hip Hop mineiro. Os shows do grupo estavam sempre lotados e a vibe lá encima, e se apresentaram em casas como : Lapa Multishow,Sesc Paladium e Palácio das Artes além de terem girados em várias quebrada da cidade. Em 2013 o grupo encerra as suas atividades, o MC dá um respiro, reorganiza a rota e volta em carreira solo com tudo em 2015, artista de pensamento rápido, rimas afiadas, criatividade no teto e um flow único, um Mc versátil, atualizado suas músicas sempre trouxeram o cotidiano periférico, desse artista que tem uma voz inconfundível, lançou seu primeiro disco solo: Outro Efeito em Belo Horizonte e São Paulo. Em 2017 esse trabalho foi premiado no estado de Minas Gerais e em festivais de música como "Som Plural" realizado em Itabirito, com a música "Sementes" escolhida como melhor letra, premiada também no Festival "Canta Mariana" realizado em Mariana, escolhida como a melhor canção.


 Em 2017 esse trabalho foi premiado no estado de Minas Gerais e em festivais de música como "Som Plural" realizado em Itabirito, com a música "Sementes" escolhida como melhor letra, premiada também no Festival "Canta Mariana" realizado em Mariana, escolhida com

o a melhor canção.

 

 

Em 2019 no Festival de música "Todos Os Sons" realizado em Ouro Preto, Neghaum ganhou o 1º lugar com a música "Na Fé", outra faixa do disco Outro Efeito.

 

Neghaum carrega um legado de parcerias musicais com nomes como: Velha Guarda Do Samba de BH, Família De Rua (Duelo de Mc 's), Kainna Tawá ,Juliana Felicio,Tamara Franklin entre outros.

 

 

Contatos:

 

e-mail: contatoneghaum@gmail.com

 

 

 

Redes Sociais:

 

facebook.com/neghaum

 

instagram.coinstagram.com/neghaum_te :


Apresento a vocês a Yasmin Boraschi, mais conhecida como @the.lirios e ela representa o elemento Rap e o Conhecimento!

Ela conheceu o Hip Hop foi muito por acaso,a sensação que ela teve é que a vida foi levando-o até ela. Meus pais se separaram quando eu tinha 8 anos e o refúgio da minha mãe foi a igreja evangélica, acompanhava ela aonde ela fosse, então mesmo não gostando muito eu fazia questão. Lá comecei a frequentar o grupo de jovens que todos os domingos antes do culto tinha aulas culturais. Já ouvia rap na MTV, mas não sabia que tinha uma cultura por trás, lá comecei nas aulas de danças urbanas e a primeira foi de Breaking, depois fui fazendo outras modalidades. Me apaixonei de cara e cheguei a apresentar em um dos shows do grupo Ao Cubo e fiquei na dança e na igreja até os meus 14 anos.

 

A maior conexão que tive com o Hip Hop foi em Contagem, na cidade que cresci, lá tem muitas praças onde a galera sempre fazia Saraus, o maior era o Apoema que comecei a ajudar na organização por um tempo. Nessa mesma época, fui convidada por um amigo a fazer parte do grêmio estudantil, onde estudei o direito do aluno e implementamos na escola um Sarau e isso mudou completamente o rumo de uma escola extremamente conservadora, dando também a abertura de levar o Graffiti e a batalha de conhecimento nas edições do Sarau. Também nessa mesma época, fui chamada pra ser Mestre de Cerimônias da Segunda Rap, uma batalha que antes eram 20 pessoas numa praça, se tornar uma batalha com mais de 100 pessoas toda segunda-feira.Todos esses acontecimentos mudaram o rumo da minha vida. Além da parte ativa, também frequentava as diversas batalhas que aconteciam em BH pra aprender e poder me aprimorar como MC. Sempre fui muito ativa e acredito que os convites para os projetos vieram por sempre tomar iniciativa de fazer acontecer.Com 18 anos fiquei 3 meses na ocupação do CRJ e da FUNARTE, onde tinha muitas palestras com pioneiros do hip hop de BH. Cada vez mais fui me interessando em aprender sobre a história e comecei a pesquisar e freqüentar movimentos da cidade onde tinham esse conhecimento, além de me posicionar nas redes sociais onde foram surgindo oportunidades de produção cultural.

 

A sua relação com a Moda Urbana:

 

Estar nos movimentos culturais me fazia sentir livre pra ser eu mesma. Trabalho desde os 14 anos, mas nunca tive muitas condições de ficar usando roupas de marcas e etc, acredito que não é algo que coloco como prioridade.Sempre fui muito de garimpar em brechós da cidade, em lojinhas de feira ou quando queria algo diferente buscava marcas locais da cidade.Hoje não mudou muita coisa, mas com o crescimento das minhas redes fiz parcerias com algumas marcas e dei uma pequena renovada no guarda-roupas rsrsrs!

 

A Moda de Rua é um dos elementos da cultura, indiretamente já gostava de calças mais largas, uma estética anos 90', mas nunca fui muito adepta as camisas GG rsrsrs. Gosto de peças que me deixem confortável e com algumas tatuagens à mostra.

 

 

 

Referências:

 

Com certeza uma das minhas maiores referências é o MC Marechal que tive a oportunidade de vivenciar a VVAR também aos meus 18 anos quando morei no Rio de Janeiro. Meu ex namorado tinha um projeto com ele e fizemos o corre juntos pra fazer acontecer, onde aprendi muito também.Além do Marechal, as mulheres foram cruciais pro meu posicionamento político e social numa cultura tão importante. Entre elas Dina Di, Kamila CDD, Negra Li e Karol Conka.

 

 

 

Instagram: @the.lirios